tradutor


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MILAGRE

Existe um milagre na natureza que toca o solo nu e o torna rico de novo.
Do mesmo jeito que aquilo que parece  perdido e sem esperanças, renasce como as flores na primavera. A terra que parece morta, sem vida, está apenas descansando pra renascer com força dobrada. Um dia a semente chega de longe, com o vento, trazida pelos animais e cai na terra nua e dali renasce a vida num milagre diário bem diante de nossos olhos. Só precisamos parar um pouco para ver. E o mais importante precisamos respeitar a terra para que ela traga de novo a vida.
Um dia, no meu quintal, depois que foi capinado e limpo, veio a chuva e o sol. Passou o tempo. Observando o que ali brotou qual não foi minha surpresa. Além das ervas daninhas, aos montes,encontrei mudinhas de mamoeiro, pé de acerola, limoeiro e até um pé pequenino de uvaia.Fiquei feito boba com aquelas mudinhas. Não sei como foram parar ali. O vento? Pássaros?Sementes jogadas por alguém? A beleza da natureza está nas pequenas árvores que brotam e com elas chegam os pássaros enfeitando tudo. Um pequeno quintal é como um recanto sagrado onde o milagre acontece todos os dias.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Gibran Khalil Gibran

 De vez em quando sinto saudades de Khalil Gibran é como se voltasse a minha adolescência( quando o conheci) lendo de novo seus poemas que me acompanham sempre.
O Profeta
Gibran Khalil Gibran

Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:

Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.

Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.

Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,

Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.



Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.

Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.

E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;

Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,

E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.



Khalil Gibran