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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nhanduti

Nhanduti
Arte da renda

A origem do nhanduti, diz a lenda, está ligada a uma inconsolável indígena cujo amado desapareceu no dia do casamento. Ao achá-lo morto na selva fechada, ela se abraçou ao seu corpo, velando-o toda a noite. Ao amanhecer, a luz do sol mostrou que o guerreiro morto estava coberto por um belo manto de teias tecido pelas aranhas. A noiva buscou fios e agulhas e, copiando o trabalho das aranhas, teceu para o amado uma deslumbrante mortalha, criando a primeira peça de nhanduti. A renda Nhanduti ou Tenerife é uma categoria de renda difundida nos países latino americanos pela dominação espanhola e que teria alcançado o Brasil especialmente através do Paraguai. Uma trama radial é montada pela rendeira sobre um bastidor onde o desenho final vai se definindo conforme a variação de pontos básicos executados sobre ela. É conhecida também por renda do sol porque os vários motivos são tecidos sobre a trama que parte de um centro, assemelhando-se a uma teia de aranha, que é o significado do seu nome paraguaio (na língua guarani), “ñanduti”. Um grupo de pessoas se reuniu durante 3 meses no APA – Espaço Cultural para somar experiências e o conhecimento de cada um, resgatar e não deixar morrer a arte da renda Nhanduti.

APA – ESPAÇO CULTURAL
http://http://www.nhandutideatibaia.com.br/

Essa foto foi uma experiência que fiz. Primeira tentativa. Na verdade inventei esses pontos. Pretendo aprender ainda.

Achei essa matéria sobre o nhanduti na internet, essa arte que hoje voltou a ser valorizada.
Eu me lembro de minha avó Olinda fazendo essa renda nhanduti. Que saudades! Engraçado, como cada renda, cada trabalho manual conta uma história. Quando criança eu via minha avó às voltas com rendas e crochês. Foi uma época muito difícil pra quem gostava das artes manuais.Se não conhecesse alguém para ensinar tinha que tentar sozinha, porque televisão não se falava em artes manuais. Alguma matéria saia em jornais e revistas, mas não com essas fotos do passo a passo de hoje. Vídeo aula, que sonho! Hoje vejo que ela foi uma heroina. Tinha um caderno grande que ia colando com todo capricho os recortes que saiam em jornais e revistas e os pequeninos modelinhos de crochê e rendas, que ela colava ali também, com a explicação embaixo.
Foi assim que aprendi a amar o nhanduti, essa renda maravilhosa! E há pouco tempo numa viagem ao Paraguai voltei a ter contato com essa renda. Lá você encontra maravilhas. É o cartão postal do Paragui.








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3 comentários:

  1. Oy Marly, eu sou a Dalva, sou campestrense mas moro em São Paulo a vida toda. Achei seu blog pesquisando sobre Campestre... e achei muito legal. Deixo aqui o meu abraço, e adicionei o seu link ao meu blog "Poesias Soltas" - passe por lá para conhecer os meus rabiscos!

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  2. Marly

    Sou Elizabeth do Nhanduti de Atibaia. Obrigada pela citação. Nossa intenção é essa: trocar informações e aprender uma com a outra. Sempre citando a fonte. Bonita a história de sua avó. Agora temos novidade. O site www.rendasol.org.br
    Visite-nos. Tem também o blog Renda Sol: http://rendatenerife.blogspot.com. Tudo sobre essa renda que a gente chama de nhanduti. Parabéns pelo blog e un ótimo Ano Novo
    Elizabeth H Correa

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  3. Olá Elizabeth. O Blog está lindo parabéns.Essa renda é muito linda e sua criação na forma circular é uma mandala com infinitas possibilidades de formas e cores que mostra a personalidade de seu criador. Essa arte faz a gente viajar pelos caminhos trançados das linhas.
    Feliz Ano Novo.
    Abraços
    Marly

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