tradutor


domingo, 29 de maio de 2011

TUCANO NO PÉ DE AÇAÍ

Um casal de tucanos do Bico Verde, lindos, apareceu hoje no pé de açai do meu quintal. Consegui tirar uma foto não muito nítida Eles chegaram exibindo bicos e penas num colorido exuberante: peito em três cores, vermelho, laranja e amarelo. Bico verde, corpo negro. A calda tem vermelho.
Espero que voltem pra eu tirar mais fotos. Vou ficar de prontidão.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

MILHO VERMELHO: SEMENTES CRIOULAS

As sementes de milho nativas e conservadas por produtores são chamadas de sementes crioulas.Existem várias espécies Olha essa espiga de milho que obra de arte! Fiquei encantada com a cor desse milho. Hoje esse milho é muito raro, mas já tem produtor tentando conseguir sementes pra preservar o milho nativo.Ele não pode ser plantado perto do outro pra não mesclar. Aí os amarelos ficam misturados. Pra mim seria lindo, mas os agricultores não gostam porque afinal na agricultura não tem nada de artístico , não é? O que vale é o valor comercial. Ganhei essa espiga vou tentar plantá-la para presevar suas semantes.Li num site que alguns agricultores do sul  têm trocado sementes tentando recuperar essas raridades. Achei a idéia genial. Afinal não podemos deixar perder nossos tesouros, enquanto os transgênicos ganham cada vez mais espaço.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Arte de plantar: Flores de Maio

Não sou expert em jardinagem. Mas qualquer um pode tentar. E ultimamente tenho tentando mais essa arte.Só preciso ter alguns mínimos cuidados e elas me presenteiam com flores lindas. E a vida da gente vai ficando mais colorida e inspirada. As flores só nascem nessa época do ano. São simples de cultivar. Gostam de sol quando estão sem flores e sombra quando florescem. E os pequenos milagres vão acontecendo diante de nossos olhos. Só precisamos estar atentos, senão eles acontecem e nem notamos.

domingo, 22 de maio de 2011

FAZENDO ARTE NA COZINHA: Fava verde com frango


Se me mandarem às favas vou com todo prazer. Foi o que fiz essa semana: fui atrás de favas frescas pra fazer um prato que adoro! Muita gente aqui da minha regiaõ ( sul de Minas), da zona rural, colhe favas nessa época do ano e vende em saquinhos nas ruas, ou encontramos com facilidade nos mercadinhos da cidade. Eu fui direto nos pés pra colher bem fresquinhas. Depois temos que debulhar uma por uma. É bem artesanal e trabalhoso, mas compensa. E com o frio que está fazendo é uma delícia.
Bem,chega de papo e vamos a receita. Fiz um prato menos calórico, com peito de frango, que ficou tão bom quanto o outro com bacon, costelinha, etc.

Ingredientes:
1 1/2 kg de fava verde fresca;
um peito de frango em cubos;
1/2 kg de linguiça defumada;
2 cebolas médias;
2 pimentas dedo de moça sem os carocinhos;
pedacinhos de gengibre;
pasta de alho e alho picadinho;
colorau;
tempero verde;
louro;
sal a gosto
       Modo de Fazer:
Existem várias qualidades de favas. Uma bem graúda que é menos amarga e a mais miudinha mais amarga. Se for fazer a mais graúda podem ferventá-las uma vez, jogar a água fora para depois cozinhar.  Se as favas forem menores devem ferventá-las umas três vezes, jogar a água fora antes do cozimento até sair o amargo. À parte refoga o peito de frango picadinho em cubos e deixa cozinhar um pouco. Coloca a fava pra cozinhar  como feijão (não precisa usar a panela de pressão) e, quando tiver quase cozida, faz um refogado em outra panela com cebola, sal com alho, pimenta e coloca os pedaços de linguiça e o frango. Coloca os demais temperos e a fava . Deixa terminar o cozimento para engrossar um pouco o caldo. Depois é só servir com arroz branco. Hummmm! Uma delícia! Podem variar os ingredientes: trocar o frango por costelinha de porco, bacon, etc.( pra quem pode)

Em tempo: se comprarem a pimenta dedo de moça, inteira, cuidado pra não pegar nas sementinhas sem luvas. Elas queimam e, mesmo lavando as mãos, se você coloca a mão no rosto, por exemplo, queima o rosto . Experiência própria. O ardor da pimenta custa a sair das mãos.








domingo, 15 de maio de 2011

SOBRE O LIVRO VIVER E APRENDER

                                                                    
Vi uma reportagem no Jornal Nacional e como professora achei absurda. A reportagem cheia de viés e colocada muito superficialmente para um assunto que merecia mais cuidado, principalmente a crítica feita à educadora Heloisa Ramos, autora do livro causador da polêmica. Estou falando do livro distribuido pelo MEC para alunos da rede pública de ensino: Por uma vida melhor da coleção Viver e Aprender.
A bordagem equivocada diz que o livro ensina o aluno a falar e escrever errado. Simplificaram assim um assunto que vem sendo estudado por pesquisadores da linguística faz tempo. Deveriam ter se informado melhor para fazer tal crítica. Sabemos que a língua é viva e que usamos a linguagem da classe dominante pra entrarmos no mercado de trabalho, nas universidades, concursos etc. O livro não diz que tem que aprender o dito errado já que não existe erro em linguagem alguma. A autora simplesmente teve coragem de mostrar as diferentes formas de falar, coisa que os grandes mestres da linguistica já discutem  faz tempo.Deturparam tudo porque todo mundo se acha no direito de meter o bedelho na educação como se entendesse alguma coisa. Por que não convidaram  grandes nomes e pesquisadores da linguística, como Marcos Bagno, Mario Perini pra discutirem o assunto? Interessante que andam bradando em tudo quanto é meio de comunicação sobre a inclusão social, as diferenças, mas a ideologia da classe dominante não acaba assim não. Ela está presente em tudo principalamente nos meios de comunicação. Quem já deu aulas pra diferentes escolas e em diferentes meios socias sabe do que estou falando. Os alunos que falam sua linguagem própria, das periferias, zona rural, do interior, quando se deparam com a língua dita "culta", da classe dominate, têm um choque cultural, se sentem diminuidos e às vezes se calam para sempre. Calados são mais fáceis de serem dominados não é verdade?
Essa professora quis apenas mostrar que as diferentes formas de falar não são erradas já que a língua é uma criação do homem pra se comunicar. E ela, como o próprio homem,vai se modificando através do tempo. Essa modificação tem que ser mostrada na escola ou vamos fechar os olhos pra tudo de novo que acontece na ciência, na história etc? Se ela ao invés de auxiliar na comunicação estiver segregando, for um instrumento autoritário de repressão e exclusão social melhor seria se não existisse. Infelizmente as nossas escolas ensinam pra fazer concurso, pra passar num vestibular e não fazer do homem um ser humano capaz e melhor. Mas enquanto uma classe dita as normas, que roupa usar, que lingua falar, etc. é papel da escola mostrar que falar diferente não é errado e que a língua é viva e como tal vai se modificando de acordo com a história, a sociedade etc. E se nossos alunos têm que aprender a escrever e falar como a linguagem dita culta pra melhorar seu status social , passar num  concurso etc, que assim seja, mas que não tenham vergonha de sua linguagem, de seus costumes,de sua música, seus regionalismos, pois a nossa riqueza se encontra nas nossas diferenças.
Precisamos de intelectuais orgânicos( ver Gramsci) na nossa educação, aqueles que vão formar uma contra hegemonia capaz de mostrar novos caminhos, preocupados com os problemas sociais e educativos das minorias.